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Se você um dia estiver viajando por Londres e quiser fazer um programa cultural incrível, nossa dica é a visita ao National Gallery de Londres, que vai muito além de um simples museu.

Em seus corredores, há uma autêntica metrópole das artes, abrigando mais de 2.300 pinturas! Um dia inteiro mal é suficiente para apreciar tudo o que oferece! Entre as obras em destaque, os visitantes se deparam com quadros de Rembrandt, Ticiano, Velázquez, Van Gogh, Michelangelo, e muitos outros mestres da arte.

Uma das peculiaridades da National Gallery é sua coleção inteiramente dedicada à pintura. Ao contrário do Louvre e outros grandes museus, aqui não há esculturas ou quaisquer outros objetos em exposição.

Vamos saber mais sobre a atração?

História National Gallery

Inaugurada em 10 de maio de 1824, a National Gallery de Londres teve suas origens no ano anterior, quando o primeiro-ministro de Jorge IV, Lord Liverpool, aceitou a oferta de aquisição da coleção de arte reunida pelo rico comerciante John Julius Angerstein, verdadeiro fundador de Lloyds. Na verdade, a ideia teve sua origem no poderoso presidente da Royal Academy e pintor do rei, Sir Thomas Lawrence. É seu quadro, datado de 1827, que retrata Lord Liverpool em pose majestosa, segurando documentos de papel enrolados com a inscrição “National Gallery”.

A National Gallery é uma exceção entre os grandes museus estatais europeus: ao contrário do Louvre em Paris, dos Uffizi em Florença, do Kunsthistorisches em Viena, ou do Prado em Madri, formados a partir de coleções reais ou principescas, em Londres foram os comerciantes e colecionadores apaixonados que conceberam um museu para compartilhar com o público o gosto pelas obras de arte. Fruto da cultura da alta burguesia mercantil inglesa, a pinacoteca começou desde sua fundação a adquirir obras-primas, sem uma política definida, mas com o instinto e os conhecimentos de seus diretores.

Quando a sede de Pall Mall tornou-se insuficiente para abrigar as novas aquisições, uma nova sede permanente foi construída em 1838, ao norte da Trafalgar Square: um edifício imponente projetado por William Wilkins, um arquiteto habilidoso, mas pouco inovador, com o estilo austero e monumental da fachada que ainda vemos hoje. Foi a rainha Vitória, um ano após sua ascensão ao trono em 1838, quem inaugurou a nova National Gallery, antecipando-se ao interesse do príncipe Alberto pela pintura antiga e moderna, com quem se casaria em 1840, e abrindo caminho para uma nova política cultural da Coroa.

Hoje, com mais de 2.200 pinturas, a coleção da Trafalgar Square representa um dos museus mais ricos do mundo. Repleto de obras-primas, fácil de visitar, bem organizado e com um bom guia de história da arte e, acima de tudo, gratuito, desde 1838.

Acervo National Gallery

Acervo

Nas célebres obras-primas, a National Gallery reflete a diversidade das principais escolas pictóricas.

A pintura italiana ocupa um lugar proeminente, começando pelos trabalhos do século 13 de Giotto e Duccio, passando pelas grandes escolas renascentistas do Vêneto, como Pisanello, Mantegna, Giovani Bellini, Giorgione, Ticiano e Veronese, e pelas da Itália Central, como Masaccio, Piero della Francesca, Boticelli, Leonardo e Rafael. A presença das obras-primas nórdicas dos séculos 15 e 16 de mestres como Van Eyck, Van der Weyden, Memling, Dürer e Holbein também é marcante. No século 17, destacam-se o núcleo flamengo-holandês com Rubens, Van Dyck, Vermeer e Rembrandt, além de mestres internacionais como Caravaggio, Velázquez e Claude Lorrain. As obras excepcionais do século 18 do Vêneto, com Canaletto e Tiepolo, são seguidas pelas paisagens românticas inglesas do século 19, com Constable e Turner, e pela presença refinada do impressionismo e pós-impressionismo, com Seurat, Renoir e Cézanne.

O que ver?

Na vasta coleção de mais de 2.300 pinturas da National Gallery, é crucial fazer escolhas criteriosas sobre o que ver. Sem um plano, é praticamente impossível apreciar adequadamente toda a visita. Mesmo dedicando apenas 10 segundos para cada obra, seriam necessárias quase 7 horas de caminhada pelo museu para ver tudo.

Por essa razão, é prudente dividir a visita em dois ou três dias, ou então concentrar-se nas principais obras em exposição. Além disso, não deixe de apreciar os detalhes arquitetônicos do edifício.

O próprio museu já fez   uma lista com as suas 30 principais obras e nós selecionamos 10 delas. Olha só:

Museu

• Senhora diante do Virginal, Johannes Vermeer

• Baco e Ariadne, Ticiano

• Banhistas, Paul Cézanne

• Banhistas na Grenouillière, Claude Monet

• Girassóis, Vincent Van Gogh

• Vênus ao Espelho, Diego Velázquez

• Virgem das Rochas, Leonardo da Vinci

• Vênus e Marte, Sandro Botticelli

• Autorretrato aos 34 anos, Rembrandt

• A Ceia em Emaús, Caravaggio

Como chegar

Localizada na Trafalgar Square, a National Gallery é facilmente acessível através do metrô, a forma mais conveniente de locomoção em Londres.

A estação mais próxima do museu é a Charing Cross, servida pelas linhas Northern e Bakerloo. Outras estações próximas incluem Embankment (para quem utiliza as linhas Circle e District) e Leicester Square (atendida pela linha Piccadilly).

Para quem prefere o ônibus, várias linhas atendem a área, como: 3, 6, 9, 11, 12, 13, 15, 23, 24, 29, 53, 77A, 88, 91, 139, 159, 176 e 453.

Embora não seja recomendado, se você estiver de carro, há estacionamentos públicos disponíveis na Leicester Square e na Trafalgar Square.

É importante notar que a National Gallery possui várias entradas, então planeje ingressar pela mais conveniente para a sua visita.

Outras atrações

Na National Gallery, você tem duas opções de restaurantes, além de um Espresso Bar. O restaurante Ochre serve comida britânica sazonal, do café da manhã ao jantar. Durante o período entre 15h30 e 17h30, você pode desfrutar do tradicional chá da tarde. Já o Muriel’s Kitchen é um restaurante de serviço self-service, aberto diariamente.

Para saber

✓ Fotografias para uso pessoal são permitidas na maioria das áreas do museu, desde que sem flash.

✓ Em locais onde as fotos são proibidas, você encontrará sinalização indicativa.

✓ O consumo de alimentos e bebidas só é permitido em áreas designadas para essa finalidade.

✓ Itens como objetos cortantes, tintas, balões, banners ou outros que possam prejudicar as pinturas não são permitidos dentro do museu.

✓ Todas as bolsas, mochilas e outros compartimentos são inspecionados antes da entrada, e o tamanho máximo permitido para bagagem é de 45 x 25 x 25 cm, com exceções para carrinhos de bebê ou equipamentos médicos.

✓ Existem duas áreas designadas para guardar bagagens dentro da National Gallery, localizadas na entrada da Sainsbury Wing e no Espresso Bar.

Esticando o passeio

Quando visitar o museu, aproveite para descobrir outros locais nas proximidades:

• Trafalgar Square

• National Portrait Gallery

• Piccadilly Circus (400 m)

• London Eye (1,1 km)

• Big Ben (1,1 km)

• Palácio de Buckingham (1,4 km)

E aí, curtiu? Então conta pra gente sua experiência na National Gallery ou o que você mais gostaria de ver por lá! ⤵️